Por que parentes são uma classe especial de pessoas com quem NÃO contar: Porque são pessoas que te acompanham por longos períodos e acreditam que sabem muito mais de você do que realmente sabem, e acreditam que tem o DIREITO de ser invasivo (sempre para o seu “bem”). -Para quem posso falar. Para quem eu tenho certeza que está ali para me ajudar, que quer o meu bem, que torce por mim, que não compete comigo, que ficará feliz pelas minhas conquistas e comemorará comigo. -Porque sinto necessidade de falar: Busco validação do que faço, preciso de apoio. Dúvida se devo fazer o que estou pensando. Só quero desabafar para não explodir. -O que acontece se falo demais para quem não devia. Posso acabar me sentindo muito pior do que mereço por conta de ter me aberto com pessoas que aproveitaram a oportunidade para despejar as neuroses delas. ... POR QUE GUARDAR SUA VIDA PARA VOCÊ MESMO?
Um dilema que muitas vezes nos acomete: até que ponto devemos compartilhar nossa vida com nossos familiares? A família é o nosso primeiro círculo social e que o desejo de compartilhar nossas alegrias e tristezas com eles é natural. Mas, com o passar dos anos, percebemos que nem sempre essa abertura é a melhor opção. Por exemplo, quem aqui começou a namorar e euforia de um novo relacionamento levava a querer contar todos os detalhes para mãe? No entanto, a cada detalhe compartilhado, surgia uma nova opinião ou um novo conselho não solicitado. Com o tempo, percebemos que essa constante interferência mina a confiança na relação e você acaba se afastando do seu parceiro. Outro exemplo foi quando você decidiu mudar de carreira. Compartilhou seus planos com os tios, que, por mais bem intencionados que fossem, expressaram suas dúvidas e preocupações. Aí você ficou desanimado e questionou suas escolhas. A partir dessas experiências, podemos perceber que nem sempre a família está preparada para lidar com as nossas mudanças e escolhas. Muitas vezes, seus valores e expectativas podem colidir com os nossos, gerando conflitos e mágoas. É importante ressaltar que não estou defendendo que nos isolemos de nossas famílias. O que proponho é que encontremos um equilíbrio entre o compartilhamento e a privacidade. Ao selecionar o que compartilhamos e com quem, construímos relacionamentos mais saudáveis e respeitosos. Lembre-se: você tem o direito de escolher o que compartilhar.
Marisa de Abreu Psicóloga CRP 06/29493
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