“Ao longo do meu dia, pego-me falando com você. Nossas conversas geralmente são longas e repletas de emoção. Algumas vezes carregadas de rancor, medos, inseguranças, cobranças; outras tantas de carinho, paz e boas lembranças.
Nem sempre é possível tocar o tangível para fecharmos um ciclo. Às vezes são necessárias muitas catarses para fechar a ferida. São nossos diálogos internos que ajudam nesse processo.
É nossa constante autoafirmação, autoanálise e diálogo interno que vão resolvendo aquilo não foi possível fazer frente a frente. É como se aos poucos somos liberados de toda aquela carga que ficou parada ali na garganta.Nesse processo tem muito choro, angústia, raiva, medos, mas deixa vir. Permita chegar, sentir e passar.
Usar o diálogo interno para resolver questões que ficaram pendentes é uma ótima forma de se libertar. É um processo doloroso que vai acontecendo aos poucos.
São pequenos trechos ao longo do dia que vão montando um mosaico de informações mal processadas, alguns insights. E todos os seus monstros vem à tona! Enfrente. Olhe para eles com olhos bem abertos e peito livre. Converse. Perdoe. Acolha e diga adeus.
Aos poucos essa voz vai ficando fraca, um mero sussurro lá no final da sua mente. Aos poucos as conversas vão diminuindo, alguns espasmos aqui e ali.
Quando você sentir que não tem mais ansiedade, não tem mais espera, não tem mais angústia, você sabe que o ciclo está encerrado.
E você está pronto, de novo.Converse. Perdoe. Acolha e diga Adeus.
Por:Mi Keller
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