Comédia romântica




Eu sou a louca das comédias românticas, todo mundo sabe. E, embora eu as ame, uma coisa que sempre me incomoda é ver amores sendo construídos em duas horas de curtas cenas. Os dois se conhecem, se apaixonam do dia pra noite, uma crisezinha só pra dar um “up“ na história, um reencontro estonteante e… felizes para sempre! É lindo, eu sei, mas convenhamos […]
Esses dias terminei de assistir Friends. Não é um filme de duas horas, como sabemos. A história durou bem mais que uma tarde chuvosa regada a sorvete. Durou dez longas (e espetaculares!) temporadas assistidas lentamente ao longo de muitas semanas. Nessa série temos alguns casais que arrastam suas respectivas histórias ao longo dessas temporadas: velhos amores ressurgindo, acasos bonitos, desentendimentos reais, “idas e vindas”, saudade, sentimento, intensidade, paixão. Você consegue sentir o amor sendo construído enquanto assiste. Você enxerga a complexidade. Você, de fato, mergulha na história.
É sim emocionante ver um amor que acontece em duas horas e, num piscar de olhos, se desenrola de forma perfeita. Mas… mais lindo que isso é ver um amor sendo construído em meio a circunstâncias bagunçadas, demoradas, enroladas e reais. Talvez o amor não seja uma comédia romântica de duas horas. Talvez o amor seja uma série de 10 temporadas… e talvez seja infinitamente mais bonito assim.

                                 Por: Ana Nunes


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