Os números assustam: o Ministério da Saúde contabiliza 30.763 casos prováveis de dengue entre os brasileiros no período de 29 de dezembro de 2019 a 18 de janeiro de 2020, segundo dados do novo Boletim Epidemiológico divulgado.
O Centro-Oeste é a região mais afetada pela doença, com 32,5 casos para cada 100 mil habitantes. Já São Paulo concentra 30,4% das notificações do país.
Para efeito de comparação, 40 mil pessoas foram infectadas pelo coronavírus na China desde dezembro de 2019.
Dengue
Números da dengue em 2020:
- O estado de São Paulo registra 10.271 casos prováveis;
- Já Paraná é o segundo com mais registros: 8.463;
- O Acre concentra o maior número de casos por habitantes, com 92,41 a cada 100 mil;
- O estado do Mato Grosso do Sul está em segundo lugar, com uma taxa de 76,61 a cada 100 mil.
De acordo com o Ministério da Saúde, a “incidência dos casos de dengue retorna ao canal endêmico”.
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A segunda ressalva é que as últimas semanas de 2019 apresentaram um número baixo quantitativo de casos devido ao atraso das notificações. Os dados são referentes ao período de 29 de dezembro de 2019 a 18 de janeiro de 2020.
A enfermidade apresentou 24 casos graves confirmados e 158 com sinais de alarme. Outros 49 permanecem em investigação. Cinco pessoas morreram devido à infecção por dengue, localizadas no Acre (1), em São Paulo (1) e no Mato Grosso (3). Outros 27 óbitos estão sob análise dos órgãos de saúde.
Orientações aos médicos
Em caso de confirmação da enfermidade, o médico infectologista deverá trabalhar em conjunto com o cardiologista para que juntos busquem a melhor opção de tratamento para cada paciente.
A indicação da utilização do ácido acetilsalicílico para o controle de algumas doenças cardiovasculares tem o objetivo de afinar o sangue a fim de evitar a formação de coágulos.
A recomendação do Ministério da Saúde em casos de dengue é de suspender o uso de medicamentos com essas substâncias, que agravam o potencial de hemorragias da moléstia.
Chikungunya
Outra enfermidade relacionada diretamente com o vetor o Aedes aegypti, a chikungunya apresentou 959 casos prováveis no início deste ano. A taxa de incidência é de 0,46 casos por 100 mil habitantes.
As regiões Nordeste e Sudeste são as mais afetadas, com índices de 0,58 por 100 mil e 0,52 por 100 mil, respectivamente. O estado do Rio de Janeiro registra 28,5% das notificações, onde também foi confirmado um óbito causado pela infecção.
Zika
Emergência de saúde pública em 2016, o vírus da zika tem mais casos na região Norte neste ano, mas sem números expressivos, com apenas 85 casos prováveis da doença.
Desde 2015, o país teve 18.578 suspeitas de alterações no crescimento e desenvolvimento de fetos e bebês em decorrência à infecção pelo vírus.
Vale lembrar que a microcefalia na criança pode ser uma das consequências da enfermidade durante a gravidez.
Complicações graves decorrentes ao vírus da zika:
- Neurológicas: síndrome de Guillain-Barré, mielite aguda, polineurite transitória aguda e meningoencefalite;
- Oculares: iridociclite hipertensiva, maculopatia aguda unilateral, uveíte posterior bilateral, além de escaras coriorretinais;
- Outras: púrpura trombocitopênica, miocardite transitória e óbito em imunocomprometidos (< 0,01%);
- Cerca de 20 a 30% das gestantes com infecção pelo vírus apresentam fetos e neonatos com subsequente infecção congênita, com quadro de aborto, síndrome congênita (microcefalia) ou assintomáticos (sequelas a médio e longo termo).
fonte: https://pebmed.com.br/

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