Dois bêbados remando


Dois bêbados voltavam para casa altas horas da madrugada. No caminho, bem na chegada, havia uma lagoa que deviam atravessar num pequeno barco a remo. Não era uma lagoa tão grande. Um bom remador podia atravessá-la em não mais que quinze minutos.
Tontos como estavam, entraram no barco e decididamente começaram a remar, na mais completa escuridão.
Remaram cinco, dez, quinze minutos e já iam respirar aliviados, quando perceberam que ainda não haviam chegado à terra firme. Disseram para si mesmos: “Exageramos na dose. Nem remar estamos conseguindo”.
Remaram mais depressa. Deram tudo de si. Reuniram todas as forças que àquela hora ainda restavam. E nada. Não chegavam à terra firme. Disseram conformados: “Parece que o barco está rodando em volta de nossas cabeças”.
Fizeram, então, um esforço para remar em linha reta e aceleraram as braçadas. Mas o tempo passava e nunca chegavam à outra margem.
Intrigados, sem saber o que estava acontecendo, acomodaram-se no barco. O jeito era esperar amanhecer para decifrar aquele mistério.
Com os primeiros raios do sol, acordaram meio atordoados e, olhando em volta, perceberam surpresos: “Ô gente, esquecemos de desamarrar o barco”.
Com efeito, o barco estava bem amarrado à margem. Por isso, não havia sequer saído do lugar.

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