Doação de medula óssea é ato de amor que salva vidas; saiba como ajudar



Neste sábado (16) é comemorado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, cerca de 4,3 milhões de brasileiros podem celebrar a data. Este é o número de cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), ligado ao Instituto Nacional de Câncer (Inca)
Mesmo com esse grande número de pessoas disponíveis, 850 pessoas ainda aguardam por um transplante em todo o País. Uma das principais dificuldades continua sendo o paciente encontrar uma pessoa totalmente compatível, já que as chances são de uma para cada mil pessoas. 
Além disso, o doador ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 25% das famílias. Para 75% dos pacientes é necessário identificar um doador alternativo, a partir do Redome, que realiza a busca em todo o Brasil e também em outros países.
Salvação
O transplante de medula óssea pode ajudar no tratamento de 80 doenças diferentes e é a chance de cura de muita gente. Leucemia e linfoma são os mais frequentes. O estudante Caio de Assis, de 17 anos, espera há mais de um ano pelo transplante. 
"Tive leucemia, busquei tratamento e me curei. Mas a doença voltou seis meses depois e agora espero aparecer novamente alguém compatível. Sei que, pelas estatísticas, existem, no mundo, apenas quatro pessoas compatíveis comigo. Tenho esperança de encontra-las logo", afirma o jovem.
"Em alguns casos, as pessoas acabam fazendo o cadastro de doação e depois esquecem de atualizá-lo. Quando surgem um paciente que pode receber a doação, não se consegue localizar", explica o membro da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) e coordenador do setor de Transplante de Medula Óssea do Hospital Sírio Libanês, o hematologista Vanderson Rocha.
Quem quer ser doador, pode procurar o Hemonúcleo de Santos (Rua Oswaldo Cruz, 197, no Boqueirão), fazer exame de sangue e preencher o cadastro. 
Neste sábado, voluntários do ProMedula Santos, darão orientações para quem quer se tornar doador, das 10 às 12 horas, na Concha Acústica. Mais informações podem ser obtidas pelo Facebook.

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Como é a doação de medula
- A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação de 24 horas.
- A medula é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções.
- O procedimento leva em torno de 90 minutos.
- A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.
- Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples.
- Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana após a doação.
- Há outro método de doação chamado coleta por aférese. Neste caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco (células mais importantes para o transplante de medula óssea) circulantes no seu sangue. Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia.
- A decisão sobre o método de doação mais adequado é exclusiva dos médicos assistentes, tanto do paciente quanto do doador, e será avaliada em cada caso.



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