Dieta low carb, dieta slow carb… Os nomes são bem parecidos e podem confundir. Por isso hoje vamos falar sobre esses dois tipos de dietas que têm se tornado cada vez mais populares.
E pra começar, a gente precisa entender o que são carboidratos e como eles agem no nosso corpo.
Indo direto ao assunto, carboidratos (também chamados de glicídios) são nossa fonte de energia primária. Mas nem todos os carboidratos são criados iguais. A diferença está no índice glicêmico.
O índice glicêmico mede o tempo que a glicose dos carboidratos leva da corrente sanguínea até o interior das células.
Quando isso acontece muito rápido, dizemos que o alimento tem alto índice glicêmico. Quando acontece devagar, baixo índice glicêmico.
Como resposta à ingestão de carboidratos, nosso pâncreas produz insulina. Esse hormônio ajuda a preparar as células para receber a glicose que está no sangue e transformá-la em energia.
Alimentos com alto índice glicêmico provocam picos de insulina, enquanto os alimentos com baixo índice glicêmico mantêm os níveis de insulina baixos, de forma consistente.
Agora… Existem muitos motivos pelos quais vale à pena evitar alimentos com alto índice glicêmico. Além de aumentar as chances de desenvolver diabetes (quando a insulina produzida não dá conta de metabolizar a glicose, e o açúcar fica no sangue), isso também aumenta possibilidade de armazenar energia como gordura.
Se só isso não basta para lhe convencer, vale dizer que muito açúcar ainda afeta nosso humor. Durante os picos glicêmicos, é comum a gente se sentir energizado e com uma sensação de bem estar… Mas em seguida, quando esses índices caírem bruscamente, o normal é ter desânimo, fadiga, cansaço.
SLOW CARB VS LOW CARB
Toda a filosofia por trás de uma dieta slow carb tem a ver com comer carboidratos com BAIXO índice glicêmico. Isso inclui feijões, inhame, cenoura, lentilha… Evitando os picos glicêmicos, você consegue manter sua energia estável ao longo do dia.
Carboidratos com baixo índice glicêmico também estão associados com a produção de serotonina, o que te deixa de bom humor, sem perder o ânimo ou a disposição.
Já as dietas low carb pregam a redução da ingestão de carboidratos, independente do formato. É possível, sim, usar alguns alimentos que contêm pouquíssimos carboidratos – como brócolis (6g de carboidratos em 1 xícara), mas é preciso ter todo um controle e atenção.
Numa dieta low carb, o objetivo é substituir a glicose pela gordura como fonte de energia. Por isso, junto com a diminuição dos carboidratos, é preciso aumentar a ingestão de gorduras saudáveis. Proteínas podem ser consumidas com moderação, para completar a cota de calorias.
Numa dieta low carb, normalmente se recomenda comer um máximo de 35g de carboidratos totais, ou 25g de carboidratos líquidos – mas índices ainda menores podem ser incentivados para conseguir melhores resultados.
TÁ… E O QUE SÃO CARBOIDRATOS LÍQUIDOS?
Isso quer dizer a quantidade de carboidrato que vai ser absorvida, ou carboidratos digeríveis. O cálculo é feito assim: total de carboidratos – fibras totais.
O brócolis que a gente mencionou há pouco… Uma xícara tem 6g de carboidratos e 2g de fibras, então os carboidratos digeríveis ficam em torno de 4g.
Dietas low carb permitem incluir brócolis, couve flor, espinafre, couve, repolho… Desde que observadas essas proporções.
Deixamos aqui embaixo uma tabela de verduras e legumes, com seus macronutrientes (carboidratos, fibras, carbs líquidos, gorduras e proteínas) para te ajudar a montar a sua dieta.
CETOSE
Um dos maiores benefícios de dietas low carb é que elas induzem o processo de cetose – quando o fígado converte gorduras em ácidos graxos e corpos cetônicos, e usa isso como fonte de energia. Por isso, alguns usam de forma intercambiável os termos dieta low carb e cetogênica.
Outra forma de alcançar esse estado é através do jejum intermitente – quando ficamos sem ingerir nenhum alimento (apenas água, chás e café).
O jejum costuma ser usado no começo de uma dieta cetogênica, como forma de calibrar o corpo, que já vai estar em cetose quando começar o plano alimentar.
Já quem adota uma dieta slow carb pode também praticar jejum para sentir os benefícios da cetose.
No período entre o jantar e o café da manhã, por não ingerir carboidratos nem proteínas, a queima de gordura é potencializada. Algumas pessoas, pensando nisso, gostam de pular o café da manhã ou substituí-lo por uma opção rica em gorduras (como o bulletproof coffee) como forma de prolongar a cetose.
QUAL A MELHOR DIETA?
Isso depende de cada pessoa, óbvio. Especialmente para quem tem alguma condição médica (diabetes, por exemplo), uma dieta low carb pode ser mais indicada. Ela também pode ser uma saída para quem estacionou a perda de peso.
Em contrapartida, por ser mais restritiva, existe a possibilidade de errar a mão, comer mais carboidratos (ou mesmo proteínas) do que deveria, e o seu corpo terminar não usando gordura como fonte de energia.
Outro ponto é que se você mantém uma dieta low carb restrita, pode experimentar uma baixa no humor por alguma desregulação na produção de serotonina. Nesses casos, adotar uma dieta slow carb, mesmo que por um período curto, pode ser uma boa opção.
Uma dieta slow carb tende a ser mais fácil de manter para a maioria das pessoas.
Mas como nossas mães já devem ter cansado de dizer: a gente não é todo mundo, e o que funciona para a maioria pode não ser a melhor escolha para VOCÊ.
E se você se interessou pela dieta low carb e quer descobrir o passo a passo para seguir essa dieta, o curso Método Transformação Low carb da Desinchá Academy vai te ajudar a descobrir como ela pode transformar sua rotina. Bora conferir?
E O DESINCHÁ COM ISSO?
Você não vai encontrar na fórmula do Desinchá quantidades significativas de carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, fibra alimentar nem sódio.
Por isso você pode usar o Desinchá mesmo se estiver em busca de prolongar o estado de cetose. 😉
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