Doula




A palavra “Doula”, na Antiguidade, designava uma criada doméstica ou escrava. Atualmente refere-se a profissionais capacitadas para dar assistência física e emocional à mulher durante a gestação, parto e puerpério. Quem primeiro utilizou o conceito de Doula na sua concepção moderna foi a antropóloga Dana Raphael no seu livro “The Tender Gift:  Breastfeeding” onde se referia às doulas como mulheres que ajudavam às novas mães durante a amamentação e cuidados com o bebê. Mas foram Marshall Klaus, um neonatologista e John Kennel, um pediatra, os primeiros a treinar e certificar doulas em 1991, quando fundaram a DONA (Doulas da América do Norte).

Durante a gestação, a Doula fornece informações baseadas em evidências científicas, sugere livros, textos, vídeos e outras ferramentas, orienta sobre o que esperar do parto e puerpério, explica os procedimentos comuns seja no parto domiciliar, hospitalar ou em casa de parto, ajuda a preparar o plano de parto, acompanha a gestante oferecendo informação, acolhimento, apoio físico e emocional.
No parto, a Doula ajuda a mulher a encontrar posições confortáveis, realiza exercícios, mostra formas eficientes de respiração, atua com medidas não farmacológicas de alívio da dor – como banhos, massagens, relaxamento –, esclarece termos médicos e procedimentos, enfim, oferece um importante suporte a mulher para que ela passe mais tranquilamente pelo intenso processo que é dar à luz. Pesquisas realizadas recentemente demonstraram que, com a presença de uma Doula, o parto evolui com maior tranquilidade e rapidez, com menos dor e complicações tanto maternas como fetais.
As Doulas não realizam procedimentos médicos como auscultação fetal, medição de pressão e exame de toque do colo uterino, não realiza nenhum procedimento clínico, não cuida do recém-nascido, não substitui nenhum profissional ligado à assistência ao parto, não substitui o pai (ou o acompanhante escolhido pela mulher), sua atuação restringe-se exclusivamente ao suporte físico e afetivo para a gestante.
Após o parto ela faz visitas à nova família, oferecendo apoio, especialmente em relação à amamentação e cuidados com o bebê com o objetivo de proporcionar uma experiência positiva de maternagem e reforçar o vínculo mãe-bebê. Quando a mãe recebe apoio adequado e tem alguém que lhe ajude com suas dúvidas e inseguranças, é possível reduzir a intensa carga deste período. Estudos demonstram que a presença da Doula no puerpério reduz o risco de depressão pós-parto e aumenta as chances de sucesso na amamentação.

Tanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto o Ministério da Saúde incentivam a presença das Doulas e reconhecem sua influência direta e positiva sobre a saúde das mulheres e dos recém-nascidos. Em 31 de janeiro de 2013, o Ministério do Trabalho lançou a nova versão da Classificação Brasileira de Ocupações onde a ocupação de Doula aparece pela primeira vez, sob o número 3221-35. Esperamos que em breve aconteça o reconhecimento enquanto profissão.











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Doula é uma palavra de origem grega que significa "mulher que serve".






Quem pode ser doula? Tem que ser profissional da saúde?

Qualquer mulher com mais de 18 anos pode ser doula, inclusive quem não é profissional da saúde. Não é fundamental que seja mãe, mas a experiência da maternidade com certeza traz um componente especial à relação doula-gestante. Não precisa ter tido parto normal para ser uma boa doula. É fundamental que seja um caminho vocacional, pois o trabalho é difícil, cansativo, em horários ingratos, sem qualquer previsibilidade. Quem não faz esse trabalho por fé, acaba se cansando e sendo ineficiente.

Qual é a formação necessária para ser doula?

Existem dois caminhos básicos. O mais comum é fazer um curso e depois começar a praticar, como explicaremos abaixo. Outra possibilidade é fazer o caminho autodidático, baseado em leituras e atendimentos, mais adequado para quem já tem contato prévio com gestantes (exemplo professoras de yoga, terapeutas corporais, etc).


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Onde encontro cursos de doulas?

Para quem quer fazer um curso de capacitação, no Brasil existem dois cursos que são bastante reconhecidos e de boa qualidade: os do GAMA e os da ANDO. Os do GAMA você encontra no site http://www.maternidadeativa.com.br/profissionais.html. Os cursos da ANDO você encontra no site http://www.doulas.org.br
Esses cursos são oferecidos em várias cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Florianópolis, Brasília, etc.


Essas instituições oferecem cursos online?

Não, pois a formação da doula deve passar por momentos de contato, integração social, aprendizagem de toques e massagens, troca de experiências, etc.. No nosso conceito a formação virtual não é a mais adequada para a formação de uma boa doula.

Quanto ganha uma doula? Posso viver disso?

Existem doulas voluntárias, que trabalham sem remuneração, e doulas particulares, que cobram entre R$ 200 e R$ 1000 pelo pacote de atendimento do parto, visitas prévias e visita após. No entanto os trabalhos não aparecem com tanta frequência e no Brasil ainda não é possível se viver disso. As doulas atuantes em geral são também fisioterapeutas, psicólogas, educadoras físicas, terapeutas corporais, professoras de yoga, e outras.

Existe regulamentação da profissão?

Não, o trabalho da doula não é reconhecido como profissão. Portanto não existe sindicato nem regulamento formal.

Ana Cris Duarte
Doulas.com.br





“Doula não faz parto, faz parte! A doula me mostrou ser possível realizar meu maior sonho com mais amor e respeito. Ajudou-me com sua empatia e sua leveza de alma. Fez diferença em todo processo! Toda parturiente merece uma!” 
Larissa, mãe da Maria Cecília, parto natural


Fontes:

www.dona.org
www.lacted.com
www.childbirthconnection.org
http://www.doulas.com.br/sejaumadoula.php