Na era da tecnologia, feliz é aquele que vive fora das telas…



Tablet, celular, computador, notebook, televisão… muitas telas para dar conta, muitas coisas para nos roubar o tão pouco tempo que temos para viver.

Sim, temos cada vez menos segundos porque gastamos cada vez mais com as famosas “telas”.
Embora pareça que a tecnologia aumente a nossa possibilidade de ter contato com o outro, de estar sempre ao alcance de quem está longe, ela está nos roubando a possibilidade de ter experiências que selem laços de amizade, de parentesco, pois a distância da tela é fria demais para deixar que a ligação entre as pessoas seja por meio da conexão via rede.
Aceitar esse tipo de laço frouxo é deixar que o nó esteja a ponto de arrebentar a qualquer momento e que as relações se percam por qualquer motivo e o maior deles é a pobreza de uma conexão invisível.
Ainda somos seres humanos que prezam pelas conversas informais, por jogar conversa fora, por conversar com os olhos, mais do que com as palavras; por caminhar, mesmo que em silêncio, ao lado dos amigos e das pessoas que amamos; por receber palavras pelo “tête- à- tête”, mais do que mensagens instantâneas via chat, mas parece que estamos tão modernos que acabamos nos esquecendo disso.

                      Resultado de imagem para solidão na era digital

Na era da tecnologia, feliz é aquele que vive fora das telas e não aquele que vê a vida passar por uma ou várias delas.

Porque, apesar de estarmos no século XXI, o contato com o outro ainda vale mais do que vários áudios ou mensagens trocadas via tela de celular; o olhar o outro ainda é o único capaz de nos fazer enxergar as pessoas por dentro e de decifrá-las, já que a tela do computador não é capaz de ser sensitiva; o toque, o abraço, um aperto de mão valem mais do que centenas de emojis que recebemos a todo segundo.
A tecnologia não é mãe da felicidade e nem é capaz de nos tornar mais humanos, ela é fria demais para isso.
Sábio é aquele que reconhece que ter sucesso é fazer feliz quem está do seu lado e não receber centenas de curtidas de pessoas que você só conhece pelas fotos das redes sociais; moderno é aquele que usa a tecnologia para aproximar e não para se afastar da presença física dos que ama; a grandeza está em viver e não em mostrar aos outros as postagens que você não vive para dizer que é feliz.  Lembre-se sempre de que a felicidade é o que sentimos e a tela não é capaz de passar isso para ninguém.

A vida acontece aqui fora das telas, mas se você viver só em frente a elas, nem se lembrará de que tem uma.

Valorizar a vida é dar valor às pessoas, é saber que o tempo curto e que não podemos perdê-lo com a ilusão de que a tecnologia possibilita o estreitamento das relações, muito pelo contrário, se não soubermos usá-la, ela se transforma em um muro que nos separa e não em pontes que sejam capazes de nos aproximar dos corações, os quais nunca conseguiremos sentir pela frieza das telas.
                                                                        Patrícia Regina de Souza 





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