Tablet, celular, computador, notebook, televisão… muitas telas para dar conta, muitas coisas para nos roubar o tão pouco tempo que temos para viver.
Sim, temos cada vez menos segundos porque gastamos cada vez mais com as famosas “telas”.Aceitar esse tipo de laço frouxo é deixar que o nó esteja a ponto de arrebentar a qualquer momento e que as relações se percam por qualquer motivo e o maior deles é a pobreza de uma conexão invisível.
Na era da tecnologia, feliz é aquele que vive fora das telas e não aquele que vê a vida passar por uma ou várias delas.
Porque, apesar de estarmos no século XXI, o contato com o outro ainda vale mais do que vários áudios ou mensagens trocadas via tela de celular; o olhar o outro ainda é o único capaz de nos fazer enxergar as pessoas por dentro e de decifrá-las, já que a tela do computador não é capaz de ser sensitiva; o toque, o abraço, um aperto de mão valem mais do que centenas de emojis que recebemos a todo segundo.A tecnologia não é mãe da felicidade e nem é capaz de nos tornar mais humanos, ela é fria demais para isso.
A vida acontece aqui fora das telas, mas se você viver só em frente a elas, nem se lembrará de que tem uma.
Valorizar a vida é dar valor às pessoas, é saber que o tempo curto e que não podemos perdê-lo com a ilusão de que a tecnologia possibilita o estreitamento das relações, muito pelo contrário, se não soubermos usá-la, ela se transforma em um muro que nos separa e não em pontes que sejam capazes de nos aproximar dos corações, os quais nunca conseguiremos sentir pela frieza das telas.Patrícia Regina de Souza
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